Indústria do aço no Brasil deve crescer 2,7% em 2022, projeta associação
Avanço é puxado pela recuperação do setor automotivo, que cresceu 32% no terceiro trimestre deste ano, segundo o relatório da Associação Latino-Americana do Aço
O setor de aço brasileiro deve crescer 2,7% em 2022 em comparação com o ano anterior. A projeção consta no relatório da Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), divulgado na noite desta quinta-feira (17), durante a conferência anual promovida pela entidade. A expectativa é que a indústria também avance em 2023, com uma alta de 0,6%.
Neste ano, a produção de aço brasileira é impulsionada pela recuperação do setor automotivo, que cresceu 32% no terceiro trimestre deste ano, segundo o relatório da Alacero, após um primeiro semestre difícil por conta da falta de peças. Neste ano, a alta do segmento foi de 6,3%.
Já a construção civil teve uma retração de 5,7% de junho a agosto, impactada pela alta nos juros e, consequentemente, a dificuldade no financiamento dos imóveis.
Atualmente, a taxa Selic no Brasil está em 13,75% ao ano. No entanto, aponta a Alacero, a expectativa a médio prazo é de retomada, com mais investimentos devido a uma inflação mais estável.
Para o segmento de maquinário mecânico, que acumula queda de 3,2% neste ano, a previsão é de avanço futuro na demanda devido à possível safra recorde esperada no próximo ano.
Se no Brasil os números sugerem avanço, a Associação Latino-Americana do Aço modera as projeções para o continente devido à inflação global, a crise energética na Europa e a guerra na Ucrânia.
“O mundo inteiro vive um processo inflacionário sem precedentes, amplamente destruído entre todos os países, isso enfraquece o movimento de exportação”, analisou Alejandro Wagner, diretor-executivo da entidade.